quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Educação do Renascimento Página 141,142 e 143

                              Fukuda - Quando ouvi falar sobre a Educação pela Regestação, senti realmente que não havia outro método melhor do que esse.
“Posso ‘regestar’ meu filho, concebendo-o mentalmente como filho de Deus e refazer a educação fetal. Que verdade Maravilhosa!” pensei.
Fiz uma faixa abdominal, escrevi nela “Alma de Yoshihiro Fukuda”, enrolei na barriga para conscientizar de que ele foi concebido no meu ventre.
Estabeleci o dia 2 de dezembro como dia da concepção, e o dia 2 de outubro como data provável do nascimento. Todos os dias, conversava com o “filho que estava no ventre”, com semblante alegre e palavras carinhosas, irrigando-o com palavras da Verdade.
“... Como você deve ter buscado o amor dos pais... Desculpe-me, eu não percebi. Hoje, abraço-o fortemente e vou acariciá-lo. Lerei trechos da Chuva de Néctar da Verdade, não tanto para você, mas para aprofundar a minha conscientização...”
Todos os dia abençoei meu filho, concebido como filho de Deus.
Quando me vinha o pensamento “Meu filho está preso na penitenciária”, eu dizia “Não, isso é ilusão. O filho que está preso na penitenciária é a imagem falsa do meu filho, o falso filho, o filho fenomênico. O meu filho verdadeiro, o filho da Imagem Verdadeira (Jissô), o filho de Deus está aqui” e segurava firmemente o ventre para sentir tranqüilidade.
Assim, o tempo foi passando e, após nove meses, chegou o dia que eu havia determinado que seria o dia do nascimento do meu filho. Estava agitada, excitada. Nisso, ouvi um barulho na porta. Era meu filho que estava chegando, após ter sido perdoado. O advogado dele disse que foi um verdadeiro milagre, pois não seria possível voltar tão cedo para casa. Mas meu filho voltou para casa mesmo.
Kanuma – É uma história realmente comovente. Acredito que poucas pessoas sofreram tanto quanto a senhora por causa de um filho. Entretanto, a senhora nunca deixou de sorrir e sempre seguiu em frente, acreditando que ia melhorar. E assim passaram-se oito anos. Isso encoraja muito as pessoas que sofreram com filhos problemáticos.
O Mal não existe originariamente. Qualquer que seja o mal, o bem está por trás dele. Percebe-se que, quanto mais intenso o mal, mais bem está reservado, multiplicado por dezenas e centenas de vezes.
Com essa visão, o filho problemático da sra. Fukuda é mesmo um mensageiro de Deus, que veio para eliminar todos os males da família Fukuda, e de fazer da mãe uma grande orientadora, dando-lhe força para salvar muitas pessoas, fazendo-as renascer.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A Verdade da Vida volume 12 páginas 49 e 50




O Eu Verdadeiro é o ser real completo e perfeito, que não diminui nem aumenta em decorrência da satisfação dos sentidos. O eu que considera a satisfação dos sentidos uma conquista é o falso eu. É por isso que na Prajña-paramitá-sutra, que é uma escritura comum a todas as seitas do Budismo, está escrito que “Os cinco ‘skandha’ que constituem o corpo e os pensamentos do homem revertem-se ao nada”. Cinco skandha são cinco tipos de acúmulos que são: matéria, sensações, pensamentos, atos e consciência. Skandha é uma palavra sânscrita que significa acúmulo de vibrações (agregados). Portanto, cinco skandha significam cinco espécies de acúmulos resultantes de vibrações mentais. A matéria (corpo carnal) é um acúmulo de vibração mental; os cinco sentidos que captam a matéria também são acúmulos resultantes da vibração mental; pensamentos e atos decorrentes disso, bem como a consciência que as distingue são em última análise, diferentes efeitos de vibrações semelhantes a ondas de rádio. Tudo isso não tem existência real e está fadado a se extinguir. Quando compreende isso o homem se liberta de todos os sofrimentos, conforme está escrito na Prajña-paramitá-sutra. Essa sutra é por assim dizer, a condensação de toda a doutrina budista. Quando compreendemos que todas as coisas do mundo fenomênico bem como o próprio eu carnal que capta coisas fenomênicas são originariamente inexistentes, desfazem-se todos os apegos e, consequentemente, nossa mente torna-se livre e passamos a manifestar a nossa perfeita natureza original de Filho de Deus. Esse é o grande mérito da prática de Prajña-paramitá (ou seja, prática da meditação Shinsokan). Na referida sutra está escrito: “Vivendo-se em conformidade com Prajña-paramitá (sabedoria divina), desfazem-se os apegos, desfazendo-se os apegos, o homem supera o medo, afasta de si todas as atribulações e ilusões, e alcança a liberdade total”.
Durante mais de quarenta anos, Sakyamuni se empenhou em pregar o nada (a inexistência do fenômeno) e a anulação do eu. E, após passar todo esse tempo pregando a negação do eu fenomênico, do eu falso, finalmente revelou a existência do eu verdadeiro (Jissô) através da sutra do Nirvana.

sábado, 31 de outubro de 2009

JISSO TO GENSHO (Imagem Verdadeira e Fenômeno)

Página 61 – Nirvana (nehan) – Nirvana é o estado de pura paz, tranqüila, desligando-se da totalidade de sofrimentos e limitações. Mas não significa sono e paz. É o estado de paz absoluta e silenciosa, transcendendo todos os conflitos e limitações, um estado que nasce da autoconscientização da verdadeira Vida Nova, mas que é cheia de vitalidade e atividade. Para chegar ao estado de satori (libertação total), é preciso renegar frontalmente o eu centralizador e pleno de egoísmo. Negar o eu fenomênico e admitir, como primeiro passo, a ausência total do eu. Compreender que o eu que aparecia sob o manto carnal, materializado e fixo era falso, que assim aparecia apenas facilitar a vida cotidiana. Que, na verdade, o Eu verdadeiro é uma existência espiritual, esplendorosamente radiosa, imortal e indestrutível. Desligar-se dos sofrimentos do nascimento, velhice, doença e morte, e atingir o estado de liberdade total – isto é entrar no nirvana, ou nehan.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Seimei no Jisso volume 1, páginas 96 e 97

A Verdade vos libertará
Para se curar através da força da Vida, torna-se necessário saber o que é a Vida. Saber não apenas na camada superficial da mente, mas também nas camadas mais profundas. É muito simples dizer que “Vida significa filho de Deus”, mas poucas são as pessoas que conseguem compreender realmente essa Verdade. Quem chega a compreendê-la realmente, não só consegue curar a doença, como também melhorar as circunstâncias e o destino, ou melhor, nem chega a se curar, porque compreendendo de fato a Verdade, já estará curado. Referindo-se a isso, Jesus Cristo disse “Conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará”, e Sakyamuni pregou: “Alcançando a Iluminação transcende-se a causalidade”. “Conhecer a Verdade” e “Alcançando a Iluminação” são, afinal, o mesmo que conhecer a Essência da Vida de cada um, ou seja, conhecer o JISSO (Imagem Verdadeira). E, ao consegui-lo, a pessoa transcende a causalidade e obtém a liberdade total. Transcendendo a causalidade, jamais terá a sua liberdade tolhida por causas materiais; não mais se preocupará com transmissão hereditária, ou com a compleição física, ou com o ar gelado, ou com a comida muito dura. E aí se manifestará a perfeição da essência da própria Vida, isto é, o “o homem verdadeiro”. Consequentemente, essa pessoa já estará curada da doença. 

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Seimei no Jisso(A Verdade da Vida) volume 1, página 68

"do nada surgem todos os fenômenos"
Vivemos utilizando-nos diariamente desse vazio, ou melhor, desse éter. No entento, pensamos não existir aquilo que não conseguimos ver, mesmo que exista de fato, e cremos existir aquilo que conseguimos ver, mesmo que originariamente inexista. Devido a essa crença errônea, o ser humano sofre pensando que existe o que não existe e se afoba achando que não existe o que existe. Assim, fica se debatendo, projetando na "tela da vida" um mundo de sofrimentos criado pela sua mente. Foi por esse motivo que comecei a explanar esse assunto, desejando salvar a humanidade desses sofrimentos. Para entenderem melhor, vou citar um exemplo bem familiar: temos aqui o ar, mas sua existência não é perceptível através dos nossos cinco sentidos. Por isso temos muita dificuldade de explicar a existência do ar para uma criança pequena. Mesmo que digamos a ela para encher os pulmões de ar, dificilmente entenderá como proceder. No entanto, se lhe falarmos do vento, ela conseguirá entender. Não é fácil compreender a existência do ar em si, mas qualquer pessoa sente o vento, o qual é o ar em vibração. A vibração é o fator indispensável para que uma existência verdadeira – o nada – tome forma e se manifeste como elemento sensível. A partir desse fato, pode-se também compreender a Verdade por nós pregada de que a atividade criadora se desenvolve através da vibração(ritmo ou palavra).

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Seimei no Jisso(Verdade da Vida) volume 2 página 137

A Seicho-No-Ie não pode concordar com a teoria econômica que não reconhece a força infinita da mente e considera a pobreza de uma pessoa como conseqüência da exploração por parte de outras. Nossa posição é a de sanar a pobreza a partir da causa, que está na mente, e não a de remediar a conseqüência, ignorando a causa da pobreza. Mesmo que alguém tome o dinheiro dos ricos e o distribua aos pobres, eles voltarão a ser pobres quando acabarem de gastar esse dinheiro usurpado. Portanto o fundamental é a mente, e não a matéria.

domingo, 30 de agosto de 2009

Quem disse que sou um covarde
Sucumbindo ante as dificuldades?
Quem disse que sou corpo feito de alimentos?
A Vida não é figura de cera, não é figura de gesso.
Eu sou ciclone, sou furacão, sou redemoinho.
Eu transformo o ambiente, como se dobrasse um arame,
No aspecto que eu desejo.
Eu sou uno com a poderosa força
Que criou o Universo.
Eu sou a própria energia
Que da atmosfera faz o relâmpago,
Que transforma os raios solares em arco-íris,
Que faz eclodir do negro solo as rubras flores,
Que faz explodir os vulcões.
E que criou o sistema solar a partir da nebulosa.
Que é ambiente? Que é destino?
Na hora exata, quando eu quiser,
Eu me liberto do mais triste destino
Como o peixe que se esgueira pelas fendas.
Não sou ferro, Não sou argila,
Sou Vida.
Sou energia viva.
Não sou matéria inerte Moldado pela situação
Ou pelo destino.
Eu sou como o ar: Quanto mais comprimido for,
Mais força manifesto.
Tal como a bomba explode a rocha.
Eu sou Vida que, No momento certo,
Rompe impetuosamente a situação ou destino.
Sou também como a água.
Nenhuma barreira poderá represar-me.
Se barrarem a minha passagem
Colocando grandes pedras no meu leito,
Converter-me-ei em torrente, cachoeira,
E saltarei impetuosamente.
Se me fecharem todas as saídas,
Eu me infiltrarei no subsolo.
Permanecerei oculto por algum tempo,
Mas não tardarei a reaparecer.
Em breve estarei jorrando
Através de fontes cristalinas
Para saciar deliciosamente a sede dos transeuntes.
Se me impedirem também de penetrar no subsolo
Eu me transformarei em vapor,
Formarei nuvens e cobrirei o céu.
E, chegando a hora,
Atrairei furacão, provocarei relâmpagos e trovões,
Desabarei torrencialmente, inundarei e romperei
Quaisquer diques e serei finalmente um grande oceano."

("Vida Vívida", Masaharu Taniguchi)